Confira o que é verdade sobre o processo de seleção de um novo pontífice
Com a recente morte do Papa Francisco nessa segunda-feira (21), o filme “Conclave”, vencedor do último Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, ganhou ainda mais repercussão. O enredo, inspirado no livro de mesmo nome do autor Robert Harris, se desenvolve a partir do processo de seleção de um novo papa.
Para isso, a obra mistura elementos reais e ficcionais sobre a eleição papal. Apesar de ter licença criativa para inventar alguns movimentos sobre a seleção, o filme também traz fatos que realmente acontecem na vida real. Portanto, se você tem curiosidade para saber o que é fato e o que faz parte da liberdade criativa da obra, confira:
A ambientação na Capela Sistina, os votos secretos dos cardeais e a emblemática fumaça branca ou preta que sinaliza o resultado da eleição são tradições mantidas há séculos. Além disso, os cardeais realmente são isolados do mundo externo durante o processo, e todas as cerimônias ocorrem em italiano ou latim, como explicou o historiador Piotr H. Kosicki ao New York Times.
O longa também acerta ao mostrar disputas ideológicas entre diferentes alas do clero. Essas tensões são reais e fazem parte das deliberações entre conservadores e progressistas durante a escolha de um novo papa.
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Um dos pontos mais fantasiosos do filme é a aparição de um cardeal “in pectore” — nome dado a religiosos nomeados secretamente por um papa, mas cujo título só é validado publicamente. Na realidade, esse tipo de cardeal só pode participar do conclave se o papa tiver revelado seu nome antes de morrer, o que não ocorre na narrativa.
O roteiro também adiciona reviravoltas com revelações pessoais impactantes, conflitos intensos entre cardeais e até ameaças físicas. Esses elementos são criados para prender a atenção, mas não fazem parte do protocolo real da Igreja.