Drama do mineiro Marcos Pimentel aborda o impacto da exploração de recursos naturais e concorre no FICA
O filme O Silêncio das Ostras, do diretor mineiro Marcos Pimentel, foi selecionado para a mostra principal do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), que ocorre entre 10 e 15 de junho, na cidade de Goiás. A obra concorre na categoria Washington Novaes, a mais importante do evento, conhecida por premiar filmes que enfrentam de forma contundente as questões socioambientais mais urgentes do país.
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Pimentel aborda a destruição causada pela exploração de recursos naturais, com a mineração como tema principal, abordando diretamente a tensão entre comunidades tradicionais e o avanço predatório sobre o meio ambiente. O filme representa Minas Gerais na competição e já é considerado um dos grandes destaques da edição de 2025, trazendo imagens reais das tragédias de Brumadinho e Mariana.
O FICA é um dos festivais mais relevantes da agenda ambiental e cinematográfica do Brasil. Com foco em sustentabilidade, direitos dos povos originários e cultura, o evento atrai nomes influentes do ativismo e do cinema. A categoria Washington Novaes, que leva o nome do jornalista e ambientalista falecido em 2020, simboliza o reconhecimento máximo para produções que denunciam e provocam reflexão.
Além das exibições, o festival promove oficinas, rodas de conversa e atividades culturais. “O Silêncio das Ostras” será exibido em sessão especial no dia 11 de junho, às 15h, no Teatro São Joaquim, em GO. O longa tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros em 26 de junho. Confira o trailer:
A edição de 2025 reúne figuras centrais da cultura e do pensamento ambiental brasileiro. O líder indígena e intelectual Ailton Krenak (que também é mineiro) e o cineasta Vincent Carelli — ambos integrantes do júri da mostra competitiva — estarão presentes. Já o documentarista João Moreira Salles apresentará Minha Terra Estrangeira, feito em colaboração com o Coletivo Lakapoy e Louise Botkay, seguido de um bate-papo com o público.
Outro destaque é o estilista e artista Ronaldo Fraga, homenageado desta edição. Sua atuação conecta moda, cultura e ativismo, e reforça o tom político e provocador do festival.