Levantamentos apontam aumento de 12% nos preços e mostram grande diferença entre supermercados e lojas online
Quem percorre os corredores dos supermercados de BH em busca dos tradicionais ovos de Páscoa percebe rapidamente que o chocolate está mais caro. A variação de preços entre um estabelecimento e outro chama atenção e, para muitos consumidores, o planejamento da data precisa agora incluir pesquisa e comparação.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Ipead, da UFMG, o preço médio dos ovos de Páscoa na capital mineira subiu 12,01% entre 2024 e 2025. O índice ultraa a inflação do período, que ficou em 7,56%. Em contraste, no ano anterior o aumento registrado havia sido de apenas 0,72%.
A pesquisa levou em conta 18 tipos diferentes de ovos de chocolate, todos de marcas conhecidas, com coleta de preços realizada entre os dias 10 e 31 de março. O levantamento incluiu tanto lojas físicas quanto vendas online com entrega em BH. O preço médio geral ficou em R$ 60,98.
Apesar disso, quem anda pelos supermercados da capital encontra valores bem distintos — até dentro da mesma marca e tamanho de produto. Alguns ovos apresentaram uma diferença de até 52,52% entre o menor e o maior preço. A maioria ficou com variações próximas de 20%, o que indica que o custo final depende bastante do local da compra.
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No caso de grandes redes de supermercados, a estratégia tem sido diversificar as marcas disponíveis e apostar em promoções de fim de semana. Já os mercados de bairro, em muitos casos, rearam os aumentos sem margem de negociação, o que encareceu ainda mais o item.
O site MercadoMineiro também realizou uma pesquisa que complementa o cenário. Alguns produtos chamaram atenção pelos valores elevados. O Ovo Gran Ferrero Rocher (365g) alcançou R$ 134,99. O Kinder (150g) apareceu por até R$ 102,99. Já o Sonho de Valsa (357g), que costuma figurar entre os mais populares, chegou a R$ 89,90 em algumas prateleiras.
Outros itens, como o KitKat (332g) e o Talento (350g), também tiveram preços variando entre R$ 69,99 e R$ 89,90. Nos estabelecimentos que oferecem programas de fidelidade ou descontos em pagamentos à vista, os valores podem ficar abaixo da média — mas, nesses casos, o consumidor precisa estar atento às condições.
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O consumidor que planeja presentear na Páscoa precisa mais do que vontade: precisa estratégia. Comparar preços, pesquisar em diferentes redes e avaliar a relação custo-benefício de cada produto virou parte do processo.
Nos mercados de bairro, os ovos de menor gramatura ganharam espaço, enquanto as grandes redes tentam atrair clientes com kits promocionais e descontos em bombons e barras. Muitos consumidores também migraram para alternativas como caixas de bombons, ovos artesanais ou chocolates avulsos, como forma de manter o hábito sem comprometer o orçamento.