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BH vai adotar reconhecimento facial para localizar desaparecidos e reforçar segurança

Sistema será integrado ao COP-BH e cruzará imagens com bancos de dados estaduais e federais


Créditos da imagem: Adão de Sousa/PBH
Pessoas andando na Praça 7 Tecnologia será usada para identificar suspeitos e ajudar na busca por desaparecidos; prefeitura ainda não divulgou cronograma

Ana Clara Parreiras

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22/05/25 às 20:01
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BH se prepara para ampliar sua vigilância urbana com o uso de tecnologia de reconhecimento facial. O sistema será utilizado para identificar pessoas procuradas pela Justiça, localizar desaparecidos e rastrear veículos roubados em circulação pela cidade. 

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (21), após reunião entre o prefeito Álvaro Damião e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, onde a capital paulista compartilhou experiências com o modelo adotado desde 2024.

Ainda sem data definida para início da operação, o novo sistema será incorporado ao projeto Smart BH e pretende integrar dados do município com os da Secretaria de Estado de Segurança Pública e de empresas privadas, que também poderão participar da iniciativa.

Olhos nas ruas

Atualmente, cerca de 4.600 câmeras estão ativas no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). Dessas, apenas 72 contam com tecnologia capaz de identificar rostos, ler placas de veículos e fazer a contagem de pessoas em tempo real. 

A proposta é expandir essa capacidade para outros pontos da cidade, em áreas de grande circulação.

Entre segurança e privacidade

A adoção de sistemas de reconhecimento facial em espaços públicos tem gerado discussões em diferentes cidades do país. Especialistas em privacidade alertam para os riscos do uso indiscriminado dessas tecnologias, principalmente quando não há regras claras sobre armazenamento e uso das imagens.

Em Belo Horizonte, ainda não foram apresentados detalhes sobre como será feita a proteção dos dados coletados, nem quais serão os critérios para uso do sistema em investigações.